Uma polêmica envolvendo gordinhas e anoréxicas estampou a revista americana Plus Model. Na capa, a modelo russa Katya Zharkova abraça uma modelo anônima visivelmente abaixo do peso. O contraste é acentuado pelo teor da reportagem, que além de criticar o padrão magérrimo das meninas de passarela, diz que estas jovens criaram um IMC próprio, o IMC da anorexia (IMC é o índice de massa corpórea, calculado pelo peso divido pela altura ao quadrado).
A justificativa vem logo em seguida: em um passado não muito distante (cerca de 30 anos atrás) as modelos de passarela pesavam 8% menos que a média da população feminina.
Hoje em dia, são cerca de 23% mais magras. Os leitores, no entanto, atacaram não apenas o padrão de beleza anoréxico, mas também a moda das gordinhas. Segundo parte deles, assim como privilegiar as modelos de IMC 14 (o normal é entre 18,5 e 25) é um problema, militar do outro lado é um erro grave. “As modelos obesas são uma resposta a isso tudo, mas não devem ser o padrão”, escreveu uma leitora, inconformada. Concordo com ela. Há um meio-termo que não aparece nos editoriais de moda ou nas passarelas. Por que o corpo não pode ser como a das misses dos anos 80, curvilíneo e com IMC saudável, tamanho 40 ou 42?
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